Pedaços de carvão


Certa vez, um rapaz che­gou em casa nervoso e cha­teado por haver brigado com um amigo. Disse ao pai que não queria conversar mais com aquele que o ofendera. Nunca mais "olharia em sua cara". O pai chamou o filho e foram para o quintal, onde havia uma churrasqueira e um quarto de despejo. Havia ali um saco de carvão. O pai pediu ao filho que o abrisse. Ele obedeceu.
"Está vendo aquela camisa branca no varal, que sua mãe lavou pela manhã? Eu quero que você pegue peda­ços de carvão e jogue-os na ca­misa". O rapaz não entendeu nada. Mas, como estava com muita raiva, começou a atirar os pedaços de carvão na roupa do varal. Logo seu pai voltou e chamou-o para dentro de casa. Colocou-o frente a um espelho grande que ficava em seu quarto. O rapaz olhou para si e levou um susto: esta­va todo coberto de uma poeira negra. Só se viam seus dentes brancos. O pai, calmamente, olhou em seus olhos e lhe disse: "Você jogou pedaços de car­vão na camisa branca do varal, que sujou muito pouco. Mas, veja só o estado em que você fi­cou. Isso acontece com a raiva, o ódio, a vingança. Quando desejamos isso para os outros, sofremos muito mais as conse­qüências". O jovem aprendeu a lição e perdoou o amigo.


Jesus, na oração do Pai-nos­so, diz: "Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoa­mos a quem nos tem ofendido". Você, jovem, se quiser ser per­doado, precisa perdoar. Se qui­ser ser amado, precisa amar. Se quiser ser feliz, precisa fazer os outros felizes. Se quiser ser um vencedor, ajude seus amigos se­rem vencedores. Não pague o mal com o mal, o ódio com o ódio; mas o mal com o bem, o ódio com o amor.