Privacidade exagerada

Romanos 1.11-15

“Porque muito desejo ver-vos, a fim de repartir convosco algum dom espiritual, para que sejais confirmados” (Rm 1.11).

Muitos têm buscado viver em isolamento. Dizem: Se nada tem sentido, se tudo é vão, o melhor é recolher-me com minhas dores e afastar-me de todos que me ameaçam com seus sorrisos hipócritas. Distar-se dos outros traz uma sensação de conforto. 
Este isolamento pode ser exemplificado na forma que nos relacionamos com nossos vizinhos. O Pastor Martorelli Dantas escreveu o seguinte: “Quem são os nossos vizinhos? Quais as suas ocupações? Quais os seus nomes? Não me digam que não o sabem por que o corre-corre é muito grande. Não o sabemos porque não o queremos. Tememos que as suas presenças e proximidades desfaçam todo este edifício de aparências que construímos com tanto trabalho, ao qual chamamos de privacidade.” Um outro exemplo disto é como nossas relações estão se tornando cada vez mais virtuais. Tal relação tem sempre o conforto de se poder dar um fim nela apenas apertando uma tecla.
Embora exista tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar, tempo de ficar junto com muitas pessoas e tempo de ficar só, não podemos nos isolar. Não podemos nos acostumar com a solidão e achar que afastar-nos das pessoas irá resolver nossos problemas. A vida é toda feita em comunidade. A comunicação é uma bênção de Deus para usarmos diariamente. Só deve ficar isolado quem tem uma doença contagiosa. Quem está vivo e saudável deve aproveitar para compartilhar suas experiências, ajudando outras pessoas com os dons que Deus lhe concedeu. 


Desfrute da companhia de todos que são próximos e aproxime-se dos que estão longe.