Os ossos do rei

2Coríntios 11

Seja outro o que te louve, e não a tua boca; o estrangeiro, e não os teus lábios (Pv 27.2).

Havia um rei que se orgulhava muito de sua linhagem. Certa vez, caminhava com sua comitiva por um campo, onde, anos antes, havia perdido seu pai em uma batalha. Ali encontrou um homem santo remexendo uma enorme pilha de ossos. O rei, então, intrigado, perguntou-lhe: - O que fazes aí, velho? - Honrada seja Vossa Majestade, disse o homem santo. Quando soube que o rei vinha por aqui, resolvi recolher os ossos de vosso falecido pai para entregar-vos. Entretanto, não consigo achá-los: eles são iguais aos ossos dos camponeses, dos pobres, dos mendigos e dos escravos. 
A preocupação em destacar-se dos outros, ser melhor, mais interessante, invejável tem se mostrado um grande mal de nosso tempo. As pessoas hoje não querem ser boas, querem ter uma vida invejável. Mostrar o quanto são felizes, o quanto sua família é bonita. 
Paulo, no capítulo 11 de 2Coríntios, nos dá uma grande lição de humildade. Mesmo quando está falando bem de si mesmo, ele consegue nos ensinar sobre quanto a glória pessoal é um grande mal. Paulo estava preocupado com os falsos apóstolos que haviam adentrado na igreja de Corinto. Seu medo era que eles afastassem aqueles irmãos da verdade do evangelho. Ele se vê forçado em defender-se das acusações que estes falsos apóstolos estavam fazendo contra ele. Por isso, ele vai falar sobre si mesmo e seu ministério, o que ele chama de loucura e insensatez. E pelo que, por diversas vezes, ele pede perdão. 
Então, depois de comparar-se com os chamados super apóstolos, falando sobre seu ministério, termina dizendo uma de suas fraquezas. Interessante como Paulo não fala apenas das coisas boas que fez. Ele fala também de sua própria fraqueza. Ele menciona que, como fugitivo, foi descido por um muro num cesto de pesca e assim escapou de Damasco. 
Aprendemos que: Se for necessário contar um testemunho pessoal, que seja feito com muita humildade no coração e sem omitir momentos de fracasso. 


Não é direito nem sábio julgar-se melhor do que os outros.