Tentado no Deserto - Mt 4.1-11

Ainda que Deus mesmo não tente ninguém (Tg 1.13), as tentações que sofremos estão incluídas no soberano plano de Deus para nosso bem.
Se vencermos, seremos fortalecidos; se sucumbirmos, reconheceremos mais claramente a necessidade que temos de mais santificação e graça.
A tentação de Jesus (vs. 1 a 11) forma um paralelo com a provação de Israel no deserto. Os quarenta dias correspondem aos quarenta anos de caminhada do povo (cf. Nm 14.34). Este evento recorda Dt 8.1-5, usado por Jesus em resposta a uma das tentações. A experiência de Israel no deserto foi o tipo ou a sombra da tentação de Jesus no "deserto", após o batismo.
As tentações apelam para motivações comuns: impulsos físicos, orgulho e desejos de possessões (1Jo 2.16). Cada uma delas é apontada especialmente ao Messias. Satanás apela para Jesus em termos do seu direito divino: "Se és Filho de Deus" (vs. 3, 6, cf. 27.40). A terceira tentação oferece para Jesus um caminho para a realeza que evita a cruz. Jesus foi tentado em tudo aquilo em que nós também somos tentados (Hb 4.15), mas não pecou. Ele nos representa diante de Deus como o "misericordioso e fiel sumo sacerdote" (Hb 2.17), porque conhece, por meio de sua natureza humana, o que é resistir às tentações.