Só palavras?

Provérbios 15.1-7 

Coloca, SENHOR, uma guarda à minha boca; vigia a porta de meus lábios (Sl 141.3). 

O bem e o mal estão na ponta da língua. Por meio de nossas palavras podemos confortar ou incomodar alguém. É preciso buscar sabedoria no falar, pois bênção e maldição estão em poder da língua. Por meio do que falamos, construímos ou destruímos relacionamentos. Quando alguém fala de forma agressiva conosco, semearemos paz se dermos uma resposta branda. Em muitos casos é melhor ficar de boca fechada do que falar o que não se deve. Muitas discussões e até agressões seriam evitadas se as pessoas simplesmente não revidassem. É preciso tomar muito cuidado para não ofender as pessoas. É muito difícil conquistar a amizade de alguém ofendido. Alguns dizem que não conseguem ficar calados porque são sinceros. Mas quando falamos demais, não demonstramos sinceridade e sim impaciência, ignorância e arrogância. Há um provérbio que diz: “Até o insensato passará por sábio, se ficar quieto” (Pv 17.28). Quem muito fala prejudica a si mesmo. Por meio do que falamos construímos ou destruímos a vida. Com nossas palavras podemos arranjar um casamento ou uma separação. Um emprego ou uma demissão. Podemos educar nossos filhos ou provocá-los à ira. Com palavras fazemos rir ou chorar. Uma palavra de motivação desperta talentos. Palavras de desânimo podem levar alguém à depressão. Portanto, se há algo com que devemos nos preocupar, é a nossa língua. Em Tiago, a Bíblia faz uma série de comparações para incentivar-nos a usá-la com cuidado. Tiago chega a dizer que a língua é como uma fagulha que pode pôr fogo em uma floresta inteira, como um animal bravo impossível de ser domado. E lança um desafio dizendo: se não tropeçarmos no falar, seremos também capazes de controlar o restante do nosso corpo. Alcançamos a maturidade. O sabor dos alimentos pode ser percebido por meio da língua. Se aprendermos a usá-la adequadamente vida também terá mais sabor. 


Eis um grande desafio: controlar a língua.