Temor

Isaías 8.11-16 

Temer ao Senhor é odiar o mal; odeio o orgulho e a arrogância, o mau comportamento e o falar perverso (Pv 8.13). 

Uma preocupação que parece não nos abandonar é a curiosidade de saber o que as pessoas pensam a nosso respeito. A cada momento nos perguntamos: o que os outros vão pensar e falar sobre mim? Por causa disso, começamos a decidir o que fazer e dizer baseados na aprovação que imaginamos receber das outras pessoas. Este tipo de temor ao ser humano pode ser muito perigoso, pois passamos a ser dominados pela vontade das pessoas, e muitas vezes nos afastamos da vontade de Deus. 
Quando começamos a basear nossa vida neste temor ao homem, passamos a nos satisfazer apenas com a aprovação das pessoas. Desenvolvemos uma vida de aparências, em que representamos um personagem que não condiz com quem somos de verdade. Ingenuamente pensamos que Deus não se importa com as nossas culpas secretas. Afinal, ele é bondoso e perdoará nossas falhas. Abusamos da liberdade e da misericórdia de Deus, esquecendo que ele detesta o pecado, que o Deus de amor é também o Deus que odeia o pecado. 
Imagine se nos importássemos com o que Deus pensa, da mesma forma como nos importamos com o que as pessoas pensam. Muita coisa em nossa vida mudaria. Deixaríamos de tentar agradar às pessoas, para passar a agradar a Deus e odiar o mal, o orgulho, a arrogância e o falar perverso, como diz o versículo em destaque. Temer ao Senhor significa amar a Deus de maneira a odiar tudo o que ele odeia e a amar o que ele ama. Temor também pode ser definido como um “sentimento de profundo respeito e obediência” (Dicionário Houaiss). E ninguém, além de Deus, poderia merecer nosso respeito e obediência. 
Nossa oração diária deve ser: “Senhor, livrame das culpas secretas. Tirame da zona de conforto chamada ‘bondade aparente’. Quero sempre ter consciência da loucura que é importarme com o que os outros veem, sem me importar com o que o Senhor sempre está vendo”. 


Não temo a Deus para ser aceito, mas porque fui aceito.