Cuidar

Ageu 1.2-8

Portanto, irmãos, permaneçam firmes e apeguem- se às tradições que lhes foram ensinadas, quer de viva voz, quer por carta nossa (2 Ts 2.15).

Os judeus haviam retornado à Terra prometida por conta de um decreto do Rei Ciro em 538aC (Ed 1.1-4). Os que retornaram do exílio, iniciaram a reestruturação da cidade de Jerusalém e do Templo. Todavia, a oposição externa e o desânimo interno fizeram com que o povo abandonasse o projeto (Ed 4.1-4) por quase dezesseis anos. Diante disso, Deus levanta profetas, os quais começam a pregar diante do povo sobre o abandono para com a obra do Senhor. Ao lermos estes versículos, podemos  aprender sobre os cuidados que devemos tomar para não reproduzir os mesmos erros. 
Um tempo de egoísmo. “Seria este o tempo de habitardes vós em casas apaineladas” (Ag 1.4). A preocupação do povo estava voltada tão somente para as coisas pessoais, o conforto, o luxo, a ostentação e o sossego. Não seria este o tempo que vivemos hoje, também? Gente preocupada tão somente consigo mesma? Um tempo de egoísmo, egocentrismo, vaidade, orgulho, ostentação e soberba.
Um tempo de indiferença. “Enquanto a minha casa permanece em ruínas”. O templo havia sido saqueado, incendiado e destruído quando da chegada dos caldeus. Passaram então 70 anos e o povo regressa do cativeiro babilônico. Entusiasmados com o retorno, iniciam logo a reconstrução de tudo: cidades e templo. Mas as adversidades do retorno fizeram com que cada um se preocupasse exclusivamente com as suas coisas próprias. 
Um tempo de insatisfação. “Comem e não se fartam; bebem e não se saciam”. Nunca estão satisfeitos com nada. Nunca se basta, há sempre necessidade de mais um pouco e mais um pouco. Quando existe indiferença para com a obra de Deus é natural que a insatisfação seja constante. 
Deus chama o povo para regressar ao seu propósito inicial. Deus lembra ao povo que o regresso da Babilônia era uma oportunidade de reconstrução e não de retorno aos mesmos erros anteriores. 


Deus liberta, Deus nos conduz a nova vida.