Guardar

I Tm 6.11-15

Meu filho, não se esqueça da minha lei, mas guarde no coração os meus mandamentos (Pv 3.1).

O escritor Antônio Cícero escreveu um poema chamado “Guardar” que diz o seguinte: Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la. Em cofre não se guarda nada. Em cofre perde-se a coisa à vista. Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado. Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela, isto é, estar por ela ou ser por ela. 
Quando somos chamados para guardar os mandamentos de Deus não é para colocar a Bíblia em um cofre e esquecê-la. Os ensinamentos de Deus devem ser guardados no coração. O que colocamos no coração não fica esquecido. Guardamos no coração aquilo que é importante para nós, aquilo que ilumina nossa vontade. Guardar alguma coisa importante é uma atitude de zelo.  Guardar não é desprezar algo, mas uma forma de proteger o que tem valor.  Guardamos coisas importantes para que não se perca ou se misture a outras coisas sem importância. 
A palavra guardar aparece várias vezes na Bíblia. Timóteo é instruído a guardar os ensinamentos de Deus, buscar a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e a mansidão. No lugar do amor ao dinheiro buscar a piedade e o contentamento, grande fonte de lucro. Em Dt 4.40 encontramos a seguinte exortação: “Guarda, pois, os seus estatutos e os seus mandamentos que te ordeno hoje, para que te vá bem a ti e a teus filhos depois de ti e para que prolongues os dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá para todo o sempre”. Ainda no livro de Deuteronômio encontramos uma proposta entre a vida e a morte que diz: Ame ao Senhor e guarde os seus mandamentos e viverás. Mas se não deres ouvido a Deus e não servi-lo certamente perecerás (Dt 30.15-20).  
Por isso, quem guarda realmente os mandamentos de Deus não os esquece. Constantemente lê a Bíblia, medita nela e fala sobre seus ensinamentos. 

Lembre-se de guardar o mais importante.