Desviando do perdão

Jonas 4.1-3

Bem-aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia (Mt 5.7).

Jonas fala com Deus sobre a razão pela qual ele não queria ir para Nínive. “Eu sabia que tu és Deus misericordioso” (v.2). Ele queria distância de Nínive, porque sabia que o Senhor perdoaria aquele povo. Ele estava indignado. Como Deus poderia perdoar aquelas pessoas? Eles não mereciam. Como poderiam ficar sem castigo?  
Parece fácil acusar Jonas. Dizer que ele não estava conseguindo amar, perdoar. Mas, sem perceber, podemos fazer o mesmo que ele. Quantas vezes queremos evitar certas pessoas. Desviar para outro caminho só para não passar perto de alguém. Só conseguimos pensar nas coisas ruins que esta pessoa fez ou faz. E se Deus quiser nos usar para levá-la ao arrependimento? Paul David Tripp, comentando sobre a atitude de Jonas para com o povo, disse: “Nessas horas é muito mais fácil atrapalhar do que fazer parte dos planos de Deus de levá-las ao arrependimento sincero”. Quando eu conheço alguém que considero uma pessoa má, eu posso me aproximar e ajudá-la ou apenas me afastar e de certa forma torcer para que ela seja punida. Posso fazer parte dos planos de Deus em salvar ou tentar atrapalhar. Esta atitude de afastamento, de julgamento do próximo é tão pecado quanto o pecado dos atos errados praticados pelos outros. Devemos confessar os nossos pecados e assim nos preparar para nos aproximarmos de outras pessoas e chamá-las à confissão. 
Para mostrar o erro de Jonas, Deus fez crescer uma planta por cima dele para lhe dar um pouco de sombra. Ele ficou muito satisfeito, mas no dia seguinte um bicho atacou a planta e ela secou. Jonas ficou muito irritado com o calor e pediu a morte. Deus então o questionou: “Você tem pena dessa planta… Contudo, Nínive tem mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem nem distinguir a mão direita da esquerda, além de muitos rebanhos. Não deveria eu ter pena dessa grande cidade?” (Jn 4.10-11). 

Deus se compadece do pecador e quer que sigamos o seu exemplo.