Construa pontes
Efésios 2.14-22
Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu (Rm 5.5b).
Dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram certa vez em conflito. O que começara com um pequeno mal entendido finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.
Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta. Era um carpinteiro com uma caixa de ferramentas procurando por trabalho.
- Tenho trabalho para você - disse o fazendeiro. - Está vendo aquela fazenda além do riacho? É do meu irmão. Quero que construa uma cerca bem alta para que eu não precise mais vê-lo.
- Entendo a situação - disse o carpinteiro. - Farei um trabalho que o deixará satisfeito.
O fazendeiro foi até a cidade e deixou o carpinteiro trabalhando. Quando o fazendeiro retomou, seus olhos não podiam acreditar no que viam. Não havia cerca nenhuma! Em seu lugar havia uma ponte ligando um lado ao outro do riacho. Ao erguer os olhos para a ponte, viu seu irmão aproximando-se da outra margem, correndo de braços abertos. Correram um na direção do outro e abraçaram-se no meio da ponte. Emocionados, viram o carpinteiro arrumando suas ferramentas para partir.
Construir pontes é uma tarefa nobre, é promover a paz, a reconciliação. Quem vive para construir pontes não se afoga na amargura, não é levado pelas correntezas da maldade. É preciso tomar muito cuidado. Nossa tendência natural é sair levantando barreiras, procurando o isolamento, resistindo pessoas, alimentando o ódio. Quando não estamos bem com alguma pessoa, pequenas atitudes positivas podem construir um caminho para o retorno do bom relacionamento. Mas, se não fizermos nada ou se desprezarmos esta pessoa, criaremos uma barreira quase intransponível. Uma barreira pode até trazer uma aparente proteção, mas o que ela realmente gera é derrota e solidão. Construir pontes diferentemente é um gesto de amor que une corações.
Jesus é a ponte que nos une a Deus e ao nosso próximo.