Autocrítica


Gálatas 6.1-6

Examine-se cada um a si mesmo (1Co 11.28).

Nesta passagem, percebendo que os Coríntios participavam da ceia sem nem mesmo pensar no que estavam fazendo, Paulo os exorta dizendo: “examine-se cada um a si mesmo, e então coma do pão e beba do cálice”. Nossas ações, sejam elas quais forem, precisam ser realizadas a partir de uma reflexão séria. Deus nos criou com inteligência e nos dá capacidade de discernir o que é melhor. Muitos fazem certas coisas e depois dizem a frase: “agi sem pensar”. É preciso tomar muito cuidado, pois depois de agir teremos que arcar com as consequências de nossa ação. 
Examinar-se a si mesmo é um chamado a uma íntima e permanente autocrítica. Não é uma tarefa fácil. Tanto que Jesus chegou a dizer que é mais fácil ver um pequeno cisco no olho de outra pessoa do que uma trave no nosso. As falhas dos outros, olhamos com lente de aumento, mas os nossos erros muitas vezes ignoramos ou através das desculpas os tornamos insignificantes. 
Examine-se a si mesmo. Não jogue a sujeira para debaixo do tapete. Ocupe-se em limpar todos os dias o que há de errado em seus pensamentos, conversas e atos. Descubra o que pode ser melhorado, o que foi esquecido, deixado para trás, o que ficou inacabado. O antônimo do autoexame é o autoengano. Enganar a si mesmo é orgulhar-se do que não é. É pensar em si mesmo além do que convém. Quem faz um autoexame verdadeiro busca corrigir o que está errado e também pode se alegrar e ver suas qualidades. “Se alguém se considera alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo. Cada um examine os próprios atos, e então poderá orgulhar-se de si mesmo, sem se comparar com ninguém” (Gl 6.3-4). 
Como cristãos devemos ter o discernimento como característica. Enquanto que a tendência natural do homem é desculpar-se e criticar o seu próximo, nossa principal marca deve ser o arrependimento, o amor e a sinceridade. “Sonda-me, Senhor, e prova-me, examina o meu coração e a minha mente” (Sl 26.2).

Guia-me na tua palavra.