Exclusividade


Lucas 9.61-62

Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia (Cl 1.18).

Em nosso texto encontramos um candidato voluntário a seguir Jesus. Mas, ele já se candidata impondo condições para segui-lo. Ele demostra ser um candidato com intenções divididas. Diz a Jesus: “Vou seguir-te, Senhor, mas deixa-me primeiro voltar e despedir-me da minha família”. Em seu comentário Hendriksen fala que Jesus rejeitou este aspirante pois, conhecendo o coração dele, sabia que era muito perigoso ele ir primeiro à sua casa. Ele ainda não tinha suas prioridades bem estabelecidas. “Ao encontrar-se com “família em casa”, facilmente poderia cair presa dos rogos emotivos e fervorosos para ficar em casa e não se juntar a Jesus e a seus seguidores”. Pedir permissão dos seus pais era algo perigoso, que naturalmente seria recusado. 
Jesus respondeu a este homem: “Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus”. O homem que põe a mão no arado e começa a arar para frente, mas logo começa a olhar para trás, não pode fazer seu trabalho direito. Assim como não é possível arar uma terra olhando para trás também é impossível seguir a Jesus com os olhos em outro lugar. William Barclay diz: “Na caminhada de Cristão não devemos ficar olhando para trás, para os lados, devemos mirar em Jesus e seguí-lo sem paralelos e concorrentes. 
Não podemos colocar condições ao nosso compromisso de seguir Jesus. O verdadeiro discípulo de Jesus tem como prioridade servir ao reino de Deus. Nosso coração não pode estar dividido. Não podemos seguir Jesus com a nossa mente em outro lugar. Seguir Jesus juntamente com outros compromissos duvidosos e perigosos. Que estejamos dispostos a dizer como Isaías: “Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: “Quem enviarei? Quem irá por nós?” E eu respondi: Eis-me aqui. Envia-me!” (Is 6.8). Seja esta a nossa oração e nosso compromisso. Dizer a Jesus: “eu vou te seguir” sem “mas…”

Deus requer exclusividade de alguém que o serve integralmente.