O Veneno


Levítico 19.16-19

Não procurem vingança, nem guardem rancor contra alguém do seu povo, mas ame cada um o seu próximo como a si mesmo. Eu sou o Senhor (Lv 19.18).

A filha chegou para o pai e disse: 
- Pai, não aguento mais a minha vizinha! Quero matá-la, mas tenho medo que descubram. O senhor pode me ajudar?
O pai respondeu: 
- Posso sim, meu amor, mas tem um porém: Você vai ter que fazer as pazes com ela para que ninguém desconfie que foi você que a matou, quando ela morrer. Vai ter que cuidar muito bem dela, ser gentil, agradecida, paciente, carinhosa, menos egoísta, retribuir sempre, escutar mais...
- Certo... - disse a menina.
- Tá vendo este 'pozinho' aqui? Durante um mês, todos os dias, você vai colocar um pouco deste pó na comida dela. Assim, ela vai morrer aos poucos.
Passados os 30 dias, a filha voltou e disse ao pai: 
- Eu não quero mais que ela morra! Eu passei a amá-la. E agora? Como faço para cortar o efeito do veneno?
O pai, então, respondeu: 
- Não se preocupe! O que eu te dei foi farinha de trigo. Ela não vai morrer, pois o veneno, na verdade, estava em você!
Esta história, provavelmente inventada, ilustra uma verdade. Quando começamos a alimentar o ódio em nosso coração contra uma pessoa, o relacionamento se torna insuportável. O ensino bíblico diz que no lugar de espalhar calúnias, fazer acusações contra alguém, devemos nos aproximar desta pessoa e ter uma conversa franca. No lugar da vingança e do ódio, devemos amar nosso próximo como a nós mesmos. A força do perdão está na aproximação em amor. Se nos aproximamos de alguém, seja quem for, com atitudes de amor, o sentimento de dissensão desaparecerá. “O ódio provoca brigas, mas o amor perdoa todas as ofensas” (Pv 10.12 - NTLH).
Busquemos o amor que cura a enfermidade assassina do ódio, que cobre o pecado, que nos faz viver bem e querer o bem de todos que se aproximam de nós. Ame a Deus com todas as suas forças e a seu próximo como se ele fosse você ou alguém bem próximo de você. 

O ódio subtrai, o amor acrescenta.