Identidade


Leitura Biblica: Tiago 1.17-18

Nele fomos também escolhidos, tendo sido predestinados conforme o plano daquele que faz todas as coisas segundo o propósito da sua vontade (Ef 1.11).

Um homem tinha um burro e um cachorrinho. O cachorro era muito bem cuidado por seu dono, que brincava com ele, deixava que dormisse no seu colo e sempre que saía para um jantar voltava trazendo alguma coisa boa para ele. O burro também era muito bem cuidado por seu dono. Tinha um estábulo confortável, ganhava muito feno e muita aveia, mas em compensação tinha que trabalhar no moinho moendo trigo e carregar cargas pesadas do campo para o paiol. Sempre que pensava na vida boa do cachorrinho, que só se divertia e não era obrigado a fazer nada, o burro se chateava com a trabalheira que ficava por conta dele. “Quem sabe se eu fizer tudo o que o cachorro faz nosso dono me trata do mesmo jeito?”, pensou ele. Um belo dia soltou-se do estábulo e entrou na casa do dono saltitando como tinha visto o cachorro fazer. Só que, como era um animal grande e atrapalhado, acabou derrubando a mesa e quebrando a louça toda. Quando tentou pular para o colo do dono, os empregados acharam que ele estava querendo matar o patrão e começaram a bater nele. Mais tarde, o burro pensou: “Pronto, me dei mal. Por que não fiquei contente com o que eu sou em vez de tentar copiar aquele cachorrinho?” 
Diz a moral desta história: É burrice tentar ser uma coisa que não se é. Fato é que devemos evitar certas comparações com outras pessoas. Olhar para o outro lamentando que a vida deste é mais fácil, que ele tem mais privilégios. O erro é olhar só para os privilégios dos outros, sem ver que eles também têm suas lutas e dificuldades. 
Cada um de nós foi criado por Deus de forma perfeita. E tudo que vivemos, quem somos, os problemas que passamos ou vamos passar, são todos parte da nossa vida como indivíduo. Devemos saber que todas as coisas cooperam para o nosso bem, desde que em nossos caminhos busquemos amar a Deus e realizar a sua vontade (Rm 8.28). 

Quem quer ser o outro perde a identidade.