Jejum necessário
Leitura Bíblica: Mateus 6.16-18
Tocai a trombeta em Sião, promulgai um santo jejum, proclamai uma assembleia solene (Jl 2.15).
O jejum é uma das práticas devocionais mais desconhecidas e ignoradas. Mas não deixa de ter grande importância, principalmente em dias de calamidade. Na Bíblia, o jejum refere-se à abstenção de alimento para finalidades espirituais. “Embora apareça nas escrituras alguns tipos diferentes de jejum, os meios normais de jejuar envolviam abstinência de qualquer alimento, sólido ou líquido, excetuando-se a água” (Richard Foster).
A instrução de Jesus em Mateus 6 é sobre o cuidado que temos que ter para não fazer do jejum um instrumento para demonstrar espiritualidade, com a finalidade de aparecer. O jejum dever ser para fins espirituais. Tanto que não basta ficar sem comer. O jejum sempre deve ser acompanhado de oração. E também não deve ser usado como barganha por bênçãos. Sua finalidade não pode ser apenas ganhar algo. “Usar boas coisas para nossos próprios fins é sempre sinal de falsa religião. Quão fácil é tomar algo como o jejum e tentar usá-lo para conseguir que Deus faça o que desejemos” (Foster). O jejum é uma disciplina que nos fortalece espiritualmente, fortalece nossas orações individuais e intercessoras. Jejuar nos dá melhor discernimento das coisas da vida, temos maior concentração e orientação de Deus para tomar decisões. Ficamos mais desapegados de tantos desejos e encontramos livramento de certos vícios e pecados.
Em Mateus 9.15, Jesus responde uma pergunta dos discípulos de João Batista sobre o jejum. Eles queriam saber por que seus discípulos não jejuavam. Jesus respondeu: “Podem, acaso, estar tristes os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles? Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo, e nesses dias hão de jejuar”. Podemos dizer que, principalmente após a morte e ressurreição de Jesus, deu-se início ao “tempo de jejuar”. Que o jejum bíblico seja uma parte integrante de nossa vida devocional.
Hoje é tempo de jejuar.