Quantas vezes?

Leitura Bíblica: Mateus 18.21-22

Quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericórdia (Sl 103.4).

Pedro faz uma pergunta curiosa para Jesus: Quantas vezes devo perdoar meu irmão? Ao fazer uma pergunta revelamos o que está em nosso coração. Neste caso, Pedro estava demonstrando ter uma misericórdia limitada. Até tinha intenção de perdoar seu próximo, mas até um determinado momento. Jesus vai responder a pergunta mostrando que nosso perdão não deve ser limitado. Nossa misericórdia não deve ser limitada. 
Para que esta lição ficasse bem clara, Jesus conta uma parábola. Um rei estava acertando as contas com os seus servos e um deles tinha uma enorme dívida, mas não tinha como pagar. Ele pede ajuda ao rei que lhe perdoa a dívida. Este servo que foi perdoado encontra uma pessoa que lhe devia uma pequena quantia. Sem misericórdia, manda prendê-lo. O rei fica sabendo deste acontecimento e manda prender o servo que havia perdoado. A parábola deixa claro que a atitude desse homem é inconcebível. Quem  recebeu grande misericórdia, não deve negar misericórdia ou ficar medindo quantas vezes deve perdoar ao seu próximo. 
O que Jesus ensina neste texto é muito importante para cada um de nós. A grande questão levantada aqui é que enquanto não percebermos o quanto somos servos injustos não conseguiremos agir com misericórdia para com os outros. “Simplesmente não entendemos bem a graça de Deus, porque nos enxergamos mais como merecedores do que propriamente como pobres e necessitados”. Quanto mais percebemos o amor de Deus, menos iremos abandonar um amigo que foi momentaneamente desleal. Se somos confortados pelo perdão e graça de Deus, mais teremos alegria e facilidade em agir com graça e perdão para com as outras pessoas. 
Aproximemo-nos da misericórdia. A misericórdia que pedimos deve ser a mesma que doamos. “Necessitamos diariamente da obra da misericórdia de Deus em nós, para que possamos realizar sua obra de misericórdia para com os outros” (Paul D. Tripp). 

Perdoai e sereis perdoados.