Honestidade prática

Leitura bíblica: 1Coríntios 2.1-5

Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando (Tg 4.17).


Conta uma lenda judaica que um rabino resolveu testar a honestidade de seus discípulos e convocou-os para uma reunião em que lhes foi feita uma pergunta: O que fariam se encontrassem pelo caminho uma carteira cheia de dinheiro? Devolveria para o dono - respondeu um dos discípulos. O rabino pensou: A resposta veio tão depressa que devo considerar se foi realmente sincera. Um outro falou: Ficaria com o dinheiro se ninguém tivesse me visto. O rabino disse consigo mesmo: A língua é sincera, mas o coração é perverso. E um terceiro foi dizendo: Bem, rabino, para ser honesto, ficaria tentado a guardar o dinheiro para mim. Portanto, pediria a Deus que me desse forças para resistir à tentação e agir corretamente. E o rabino concluiu: Aí está. Eis o homem em quem eu confiaria.

Interessante que o discípulo considerado mais honesto não foi alguém totalmente disposto a entregar a carteira. A confiança do mestre em seu discípulo veio pela sua demonstração de sinceridade. Como o primeiro discípulo, podemos muitas vezes dar a resposta mais correta, mas nem sempre a que expõe a verdade de nosso coração. Ou como o segundo discípulo, podemos dar a resposta sincera, mas estando sinceramente errado. Não basta ser sincero, precisamos fazer o que é certo. Muitos não dão importância ao que estão fazendo de errado. Acreditam que, por não estarem escondendo suas atitudes de ninguém, estão agindo certo. Segundo eles, cada um faz o que quer. 

Fato é que devemos ser como o terceiro discípulo. Ele rejeitou sua vontade, o desejo errado de ficar com o dinheiro. Embora fosse o seu desejo, ele sabia que isso não era correto. Nas diversas situações da vida iremos enfrentar tentações e seremos provados. Nestes momentos, devemos pedir a Deus orientação e força para nos afastarmos de todo o mal, pedir sabedoria para discernir o que realmente é correto e força para permanecer no caminho da verdade. 


Bom é aquele que reconhece a sua maldade.